Cronologia  


Iole de Freitas nasce em Belo Horizonte (MG), em 1945. Com seis anos, muda-se para o Rio de Janeiro, e inicia sua formação em dança contemporânea. Estuda na Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), de 1964 a 1965. A partir de 1970, vive por oito anos em Milão, Itália, onde trabalha como designer no Corporate Image Studio da Olivetti, sob a orientação do arquiteto Hans von Klier, de 1970 a 1971. Passa a desenvolver e expor seu trabalho em artes plásticas a partir de 1973.

[1973 – 1981]

A linguagem do trabalho se constitui com o suporte de sequências fotográficas, filmes experimentais e instalações apoiados por textos. A partir da experiência de 18 anos de dança contemporânea, o corpo surge como um elemento estruturador do trabalho, que aparece espelhado, refletido e fragmentado, tangendo questões relacionadas com a identidade feminina e com a organização da imagem do próprio corpo. As performances, realizadas sempre individualmente, nunca na presença de espectadores, são registradas pela própria artista, num circuito fechado, onde corpo, câmera e imagem refletida constroem a estrutura da obra.

1973 Apresenta seus primeiros filmes experimentais Light Work e Elements, na Galleria Diagramma, em Milão. Faz a curadoria da exposição Fotolinguagem, com obras de Christian Boltanski, Annette Messager, Duane Michals entre outros, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio). Em São Paulo, participa das mostras Expo-Projeção 73, no Espaço Grife, e da 7ª Jovem Arte Contemporânea, no Museu de Arte Contemporânea/USP (MAC/USP).

1974 Realiza exposição individual das sequências fotográficas, no MAM Rio, cujo catálogo traz o texto Ontogênese e Filogênese, de Paulo Sergio Duarte. Ainda nesse ano, exibe filmes experimentais de 1972-1973 na Galeria Luiz Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt, no Rio de Janeiro. Participa da exposição Nuovi Media, no Centro Internazionale di Brera, e faz exposição individual na Galleria Ortelli, em Milão.

1975 Integra a IX Bienal de Paris com instalação e sequência fotográfica da série Glass Pieces, Life Slices, a convite do crítico Tommaso Trini. Participa, como artista residente, do Festival of Expanded Media, em Belgrado. Na Itália, expõe em diversas exposições onde a fotografia e o filme são suportes do processo criativo do artista: La Fotografia Come Strumento per l'Artista, na Galleria Il Milione; Flash Art Special – Fotografia; Il Mistero Svelato e Campo Dieci, na Galleria Diagramma, em Milão; e Magma, na Galleria Michaud, em Florença.

1976 Realiza exposição individual, com instalação e sequências fotográficas, na Galleria Giancarlo Bocchi, Milão. Participa de diversas exposições e publicações que registram o desenvolvimento da body art durante os anos 1970, como Körpersprache, no Frankfurt Kunstverein e na Haus am Waldsee, em Berlim. Toma parte, também, de exposições e publicações que resultam de pesquisas sobre a dinâmica feminina na arte, como Womem in Art, no Neue Gesellschaft für Bildende Kunst, em Berlim; Frauen Machen Kunst e Feminist Art, na Gallerie Maggers, em Bonn; e Women Art New Tendencies, na Gallerie Krinzinger, em Innsbruck. Integra as exposições Foto & Idea, na Nuova Galleria Comunale d´Arte Moderna, em Parma; Films d'Artist, no Museo Civico di Torino e Photography as Art Work, no Muzej Savremene Umetnosti, em Belgrado, e no Centarza Fotografiju Film i TV, em Zagreb, Iugoslávia.

1977 Integra as mostras L’Occhio dell’Immaginario, na Galleria d’Arte Moderna, em Milão; Pas de Deux, com curadoria de Anne Marie Boetti e Gian Battista Salerno, na Galleria La Salita, em Roma; Corpo e Figura, no Palazzo della Permanente, em Milão; Fotografia come Analise, na Salla delle Colonne do Teatro Gobetti, em Torino; e Arte e Cinema, na Pinacoteca Comunale di Ravenna. Participa da exposição 03 23 03 – Premières Rencontres Internationales d’Art Contemporain, em Montreal.

1978 Realiza instalação e performance intituladas Exit, no Studio Marconi, em Milão. Participa de Arte e Cinema, com curadoria de Vittorio Fagone, na 38a Bienal de Veneza. Ilustra, a convite de Anne Marie Boetti, o livro Donne, Povere, Matte, Edizioni delle Donne, Roma. Produz novos trabalhos em vídeo: The Journey e Roots, a convite da Radiotèlèvision Belge, Bélgica. Retorna ao Brasil e Raquel Arnaud organiza exposição de suas obras dos anos 1970 (vídeo, filmes, sequências fotográficas), na Galeria Arte Global, em São Paulo.

1980 Participa da mostra Camere Incantate-Espansione dell’Immagine, no Palazzo Reale, Milão, com instalação da série Glass Pieces, Life Slices. Integra a exposição Quasi Cinema, com curadoria de Antonio Dias e Ligia Canongia, apresentada no Centro Internazionale di Brera, Milão, e, no ano seguinte, na Fundação Nacional de Arte, no Rio de Janeiro.

1981 Participa da 16a Bienal Internacional de São Paulo, apresentando a instalação Glass Pieces, Life Slices, em que as imagens do corpo são fragmentadas no espa-ço e na superfície das lâminas de vidro emulsionadas. Em São Paulo, também integra as mostras Artistas Contemporâneos Brasileiros, na Galeria de Arte São Paulo, e Foto/Ideia, no MAC/USP.

1982 Apresenta a exposição Harmonia dos Mistos, na Foto Galeria Fotóptica, em São Paulo.

[1983-1994] 

O corpo não aparece mais como mediador do trabalho, mas é substituído pelo próprio gesto, que tece, arma e costura, com telas e fios, os volumes vazados que se desdobram e passam a constituir as novas obras: o corpo da escultura. As questões escultóricas, gravidade, peso e leveza, movimento ascensional, que ora emergem, revelam, através ainda da fragmentação, da transparência, e do elogio da superfície, a poética da obra.

1984 Realiza exposição individual de esculturas intituladas Aramões, na Galeria Arco, São Paulo. O catálogo dessa mostra apresenta o texto “Eu não sei”, de Paulo Sergio Duarte. Participa de Tradição e Ruptura, a convite de Walter Zanini, na Fundação Bienal de São Paulo. Expõe esculturas e sequências fotográficas na Galerie Grita Insam, Viena. Apresenta exposição individual, com curadoria de Vittorio Fagone, no Spazio Multimediale do Palazzo dei Priori, Volterra. Participa da mostra Corpo e Alma, com curadoria de Roberto Pontual, no Espaço Latino-Americano, em Paris.

1985 Apresenta exposição individual na Galeria Paulo Klabin, no Rio de Janeiro. No catálogo é publicado o texto “Eu não sei”, de Paulo Sergio Duarte.

1986 Recebe a Bolsa Fulbright-Capes, para pesquisa no Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York. O curta-metragem Iole de Freitas: Esculturas, com direção de Belisário Franca, é lançado pela Série RioArte – videoarte contemporânea.

1987 Ministra aulas de escultura contemporânea, no curso de extensão do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Apresenta exposição individual no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS). Assume a direção do Instituto Nacional de Artes Plásticas, Funarte, no Rio de Janeiro, onde fica até 1989.

1988 Realiza uma exposição individual no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo. No catálogo é apre-sentado o texto “Fluidos concretos”, de Ronaldo Brito. Alberto Tassinari escreve o artigo “Iole de Freitas mos-tra sua metalurgia poética visual”, publicado na Folha de S. Paulo, em 17 de abril. Integra a mostra Panorama de Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP).

1989 Participa das mostras 10 Escultores, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo, e Rio Hoje, no MAM Rio.

1990 Expõe as primeiras esculturas de grandes dimen-sões em mostra individual, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud. No catálogo é apresentado o texto “Delicadeza traumática”, de Paulo Venancio Filho. A partir de 1991, algumas esculturas são projetadas para locais específicos como a Capela do Morumbi, São Paulo; o Galpão Embra, em Belo Horizonte; e o Banco do Brasil, em São Paulo. Nesses trabalhos, as questões elaboradas na obra dialogam com os elementos arquitetônicos do espaço dado. São site-specific works que testam o limite entre monumentalidade e leveza.

1991 Recebe a Bolsa Vitae de Artes e realiza seis escul-turas de grande formato. Participa do projeto Capela do Morumbi, com curadoria de Sônia Salzstein, construindo uma obra de grandes dimensões, no próprio espaço. É convidada a participar de uma exposição no Galpão Embra, Belo Horizonte, na qual expõe a escultura que, no ano seguinte, será instalada permanentemente no Paço Imperial, Rio de Janeiro. Participa da mostra O Clássico no Contemporâneo, no Paço das Artes, em São Paulo, com curadoria e texto de Paulo Herkenhoff.

1992 Realiza a exposição Iole de Freitas: Esculturas, no Paço Imperial, onde são expostas as obras realizadas com o apoio da Bolsa Vitae de Artes e da Shell do Brasil, e as que foram apresentadas na Capela do Morumbi e no Galpão Embra, no ano anterior. O projeto de iluminação é de Ronald Cavalieri. O catálogo da mostra apresenta o texto “Inquietude do infinito”, de Paulo Venancio Filho. Realiza exposição individual no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo.

1993 É convidada, como artista residente, pela Winnipeg Art Gallery, Canadá, para realizar escultura de grande por-te para a mostra Cartographies: 14 Latin American Artists, com curadoria de Ivo Mesquita. Essa exposição itinera, até 1995, por outros cinco museus: Museo de Artes Visuales Alejandro Otero, em Caracas; Biblioteca Luis Angel Arango, em Bogotá; National Gallery of Canadá, em Ottawa; The Bronx Museum of the Arts, em Nova York; e La Caixa, em Madri. Expõe na Galeria Anna Maria Niemeyer, no Rio de Janeiro. Ministra aulas de escultura contemporânea, no Curso de Desenvolvimento da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Como artista convidada do Parque Lage, realiza, na instituição, uma escultura para a mostra Cartographies, em Caracas. Expõe suas primeiras esculturas em ardósia, na mostra individual realizada na Galeria Anna Maria Niemeyer, no Rio de Janeiro.

1994 Profere, como convidada, palestra, com slides sobre o seu trabalho, na abertura de Cartographies, na National Gallery of Canadá, Otawa. Em sala especial, expõe as três esculturas realizadas para a mostra. Participa da Bienal Brasil Século XX – Segmento Anos 70 e 80, com curadoria de Walter Zanini e Cacilda Teixeira da Costa. Realiza exposição individual na Casa de Cultura Mário Quintana, no Ciclo Arte Brasileira Contemporânea, do Instituto de Artes Visuais do Rio Grande do Sul. As obras foram realizadas para o projeto e uma delas é mantida, em exposição permanente, na Casa de Cultura Mário Quintana. Por ocasião da inauguração, Rodrigo Naves faz palestra sobre a obra da artista. Realiza exposição individual na Casa da Imagem, em Curitiba. Participa do I Simpósio Rio Filosofia com a palestra Geração e nascimento do pensamento: a invisibilidade do pátrio. No projeto Arte/Cidade: a cidade e seus fluxos, realiza o conjunto de esculturas Colunas de Daedalus, apresentado no Espaço Banco do Brasil. Expõe, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, os recentes trabalhos Teto do chão, em telas metálicas e ardósia. Todos os eventos são realizados em São Paulo.

[1995 – 1997]

As esculturas desenvolvidas nesse período tornam-se fluidas, imateriais. As formas se dissolvem no espaço. Pedras semitransparentes passam a conter inscrições: “nome líquido”, “escrito na água”. O trabalho se amplia no espaço, solta-se das paredes, determina territórios.

1995 Participa da mostra Cartographies, no Espaço La Caixa, em Madri. Realiza exposição individual no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, apresentando oito trabalhos da série Teto do chão. Convidada, por Lauro Cavalcanti, a participar do projeto Atelier FINEP, no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, apresenta a exposição Sopro. Participa da mostra Uma Poética da Reflexão, no Conjunto Cultural da Caixa, Caixa Econômica Federal, no Rio de Janeiro, com curadoria de Cristina Burlamaqui, Paulo Sergio Duarte e Vanda Klabin. A convite de Rodrigo Naves, participa da 4a Semana de Arte de Londrina, realizando workshop sobre escultura contemporânea, além de participar do debate Arte Brasileira: Confrontos e Contrastes, e da exposição Confrontos e Contrastes.

1996 Integra a mostra Entretelas, no Museo Alejandro Otero, Caracas, junto com Beatriz Milhazes e Eliane Duarte. No catálogo são apresentados textos de Paulo Herkenhoff e Ruth Auerbach. É convidada, por José Roberto Aguilar, para participar da mostra 2a United Artists: Utopia, na Casa das Rosas, em São Paulo. Apresenta a instalação Corpo sem órgãos. Participa da Bienal do Rio, no MAM Rio, integrando a exposição Transparências, a convite de Denise Mattar e Marcus de Lontra Costa. Realiza, para esse evento, a instalação Escrito na água, onde as construções metálicas se organizam livremente no espaço.

1997 Expõe, na Galeria Anna Maria Niemeyer, no Rio de Janeiro, a primeira obra utilizando liga metálica pewter. A Zot Multimídia elabora e produz um CD-Rom sobre a sua obra contendo textos críticos, projetos, desenhos e escritos de 1972 a 1997. Realiza exposição individual no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo. Uma de suas esculturas, da série Transparências, é doada, pela AT&T, ao Museu de Arte Moderna de São Paulo. Paulo Venancio Filho realiza a curadoria da retrospectiva O Corpo da Escultura: A Obra de Iole de Freitas 1972-1997, no MAM-SP e no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, incluindo os filmes e as sequências fotográficas dos anos 1970, o primeiro objeto, esculturas da década de 1980 e a produção escultórica mais recente.

[1998 – 2000]

A obra busca uma ativação específica do espaço que elege, nele instalando planos e linhas retorcidos que, imantando o ar, imprimem velocidade ao percurso.

1998 Participa das exposições Arte Brasileira no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo – Doações Recentes 1996–1998, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro; 24a Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal de São Paulo; Espelho da Bienal, no MAC-Niterói; Formas Transitivas: Arte Brasileira, Construção e Invenção – 1970/1998; no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo; I Prêmio Johnnie Walker, no Museu de Arte Moderna, México; As Dimensões da Arte Contemporânea: Coleção João Carlos de Figueiredo Ferraz, no Museu de Arte de Ribeirão Preto, em São Paulo.

1999 Apresenta Território vazado, no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte; uma individual no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo; e a instalação Dora Maar na piscina no projeto A Forma na Floresta – Espaço de Instalações Permanentes, do Museu do Açude, no Rio de Janeiro.

[2001 – 2022]

A partir de 2000, o trabalho busca uma relação de tensão e potência com os espaços arquitetônicos dos museus e centros culturais. Por vezes, seus trabalhos rompem fisicamente as paredes dos museus, projetando-se para o exterior, nas fachadas, questionando a territorialização da arte.

2000 Realiza exposição individual no Centro de Arte Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro, com curadoria de Sônia Salzstein, na qual apresenta obra projetada especialmente para aquele espaço e arquitetura, interligando salas e envolvendo a fachada. Participa das mostras Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal de São Paulo; Investigações: O Trabalho do Artista, no Instituto Itaú Cultural, em São Paulo; e Século 20: Arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão/Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

2001 Participa das mostras Experiment/Experiência: Art in Brazil 1958-2000, no Museu de Arte Moderna de Oxford; O Espírito de Nossa Época – Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, no MAM-SP e no MAM Rio; e Marginália 70: O Experimentalismo no Super-8 Brasileiro, no Itaú Cultural, em São Paulo.

2002 Realiza exposição no Centro Universitário Maria Antônia/USP. Lança o livro Sobrevôo – Iole de Freitas, organizado por Lorenzo Mammì e publicado pela Cosac Naify. Expõe no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo; na Galeria Anna Maria Niemeyer, no Rio de Janeiro; e no Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Realiza instalação permanente no Pestana Bahia Hotel, em Salvador, com curadoria e texto de Cristina Burlamaqui. Participa da mostra Artefoto, com curadoria de Ligia Canongia, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro.

2003 Apresenta a instalação Expansão, na fachada do Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, com curadoria de Marcus de Lontra Costa. Participa das mostras O Sal da Terra, no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha; e Artefoto, também no CCBB-Brasília.

2004 Realiza site-specific no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha, apresentando obra que se expande da área interna até a área externa da instituição, integrando arquitetura, espaço expositivo e paisagem. A curadoria é de Sônia Salzstein. Participa da mostra Arte Contemporânea: Uma História em Aberto, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo.

2005 No CCBB-RJ, apresenta exposição com curadoria de Sônia Salzstein. Projetada para o local, ocupa as quatro salas do segundo andar da instituição com as obras Estudo para superfície e linha e Estudo para volume e flecha. Participa da 5ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, com curadoria de Paulo Sergio Duarte, na qual apresenta uma grande instalação intitulada Estudo de superfície e linha. Integra a exposição A Imagem do Som de Dorival Caymmi, no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, que é apresentada, no ano seguinte, no Museu Afro Brasil, em São Paulo.

2006 Realiza exposição na Galeria Márcia Barroso do Amaral, no Rio de Janeiro.

2007 Participa da Documenta 12, com curadoria de Roger M. Buergel e Ruth Noack, no Museu Fridericianum, em Kassel. Apresenta instalação que ocupa o segundo andar do museu e se desenvolve até a área externa, suspensa, em torno da área frontal e lateral da fachada. Também realiza a exposição Cartas Dinâmicas, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo, e outra individual na Galeria Laura Marsiaj, no Rio de Janeiro. Participa das mostras Puntos de Vista – Coleção Daros, no Museu de Arte de Bochum; Filmes de Artista: Brasil 1965-80, com curadoria de Fernando Cocchiarale, no Oi Futuro, no Rio de Janeiro; Arte como Questão: Anos 70, com curadoria de Gloria Ferreira, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo; e WACK!: Art and The Feminist Revolution, com curadoria de Connie Butler, no Museum of Contemporary Art (MOCA), em Los Angeles; e no National Museum of Women in the Arts, em Washington D.C.

2008 Apresenta, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, obra de grandes dimensões projetada para o átrio do prédio, que tem projeto de Álvaro Siza. O catálogo da exposição apresenta texto de Sônia Salzstein. WACK!: Art and The Feminist Revolution, é apresentada no PS.1 Contemporary Art Center, em Nova York; e no Vancouver Art Gallery. Participa da mostra Arte Brasileira: 1963-1978, com curadoria de Reynaldo Roels Jr., no MAM Rio.

2009 No Rio de Janeiro, realiza site-specific para a Casa França-Brasil. Por ocasião da exposição, é realizado um debate com a artista, Luiz Alberto Oliveira, Sônia Salzstein, Ana Vitória e Fernando Cocchiarale. Nesse momento, ocorre troca de e-mails entre Iole de Freitas e Luiz Alberto Oliveira, sobre o conceito “origamis curvos”, relacionado à sua obra. Apresenta individual na Galeria Laura Marsiaj, no Rio de Janeiro.

2010 Expõe uma grande instalação no átrio do prédio da Pinacoteca do Estado de São Paulo. No catálogo da mostra é apresentada entrevista com Paulo Sergio Duarte, Paulo Venancio Filho e Sônia Salzstein. Participa da exposição Das Verlangen nach Form - O Desejo da Forma, com curadoria de Luiz Camillo Osorio e Robert Kudielka, na Akademie der Künste, em Berlim.

2011 Participa do projeto Depoimentos para a posteridade, da Fundação Museu da Imagem e do Som, sendo entrevistada por Armando Strozenberg, Cecília Arruda, Lauro Cavalcanti, Paulo Sergio Duarte e Paulo Venancio Filho. A partir dessa entrevista, a artista elabora, com as designers Rara Dias e Paula Delecave, o livro O desenho da fala, lançado na ArtRio, em 2012. Apresenta exposição na Galeria de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, com texto de João Bandeira publicado no folder. Na galeria, é realizada uma conversa com a artista, João Bandeira, Lorenzo Mammì e Luisa Duarte. É convidada por Eugenio Valdés Figueroa, diretor de Arte e Educação da Casa Daros, no Rio de Janeiro, para o Programa de Residência de Pesquisa, vindo a desenvolver o projeto Para que Servem as Paredes do Museu? Apresenta uma instalação na escadaria frontal da instituição, por ocasião do encontro com Julio Le Parc, na Casa Daros e no CCBB-RJ (com participação de Sônia Salzstein), como parte do Programa Meridianos. Participa da mostra Coleção Figueiredo Ferraz, que inaugura o Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeirão Preto.

2012 Expõe uma escultura de grandes dimensões na ArtRio, no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, onde também é realizada uma mesa-redonda sobre o livro O desenho da fala, com a artista, Ilana Strozenberg e Luisa Duarte.

2013 Por ocasião da inauguração da Casa Daros, na mostra Para (Saber) Escutar, ocupa sala com grande instalação, com chapas de policarbonato impressas em verde, intitulada Para que servem as paredes do museu? Lança livro sobre esse trabalho, com entrevista realizada por Eugenio Valdés Figueroa. Expõe na Galeria Silvia Cintra e realiza instalação permanente no lobby da Torre Oscar Niemeyer/FGV, ambos no Rio de Janeiro.

2014 Apresenta a exposição Sou Minha Própria Arqui-tetura, na Galeria de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo. Realiza instalação permanente no Hotel Hilton/Barra, no Rio de Janeiro. Seus filmes dos anos 70 são apresentados na mostra On the Edge: Brazilian Film Experiments of the 1960s and Early 1970s, organizada por Jytte Jensen e Nicholas Fitch, no MoMa, em Nova York, em paralelo à exposição Lygia Clark: The Abandonment of Art, 1948-1988, apresentada na instituição. Participa das mostras Artevida, na Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro; Afinidades, Raquel Arnaud 40 Anos, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e no Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeirão Preto; Trajetória 40 Anos, na Galeria de Arte Raquel Arnaud; e Abstrações – Coleção Fundação Edson Queiroz e Coleção Roberto Marinho, no Espaço Cultural Unifor, em Fortaleza.

2015 Realiza a exposição O Peso de Cada Um, com curadoria de Ligia Canongia, no MAM Rio, com obra projetada especialmente para o Espaço Monumental do museu, apresentando também a série de obras em vidro Escrito na água. Realiza exposição individual na Galeria Silvia Cintra, no Rio de Janeiro.

2016 Participa das mostras Os Muitos e o Um: Arte Contemporânea Brasileira na Coleção de Andrea e José Olympio Pereira, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo; e Clube de Gravura: 30 anos, com curadoria de Cauê Alves, no MAM-SP. Realiza instalação permanente na Vila Aymoré, no Rio de Janeiro, como parte das atividades realizadas pelo grupo Jacarandá. Realiza a exposição Iole de Freitas: a Escrita do Movimento, na Roberto Alban Galeria, Salvador, com curadoria e texto de Marc Pottier.

2017 Em maio de 2017, o acervo documental da artista – que consta de mais de 2.300 itens, entre maquetes, desenhos, fotos e esboços – passa para a guarda do Instituto de Arte Contemporânea (IAC), em São Paulo. Em outubro, por ocasião da exposição comemorativa dos vinte anos da instituição, com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti, alguns itens são expostos ao público. Participa das mostras Radical Women: Latin American Art, 1960-1985, com curadoria de Cecilia Fajardo-Hill, Andrea Giunta e Marcela Guerrero, no Hammer Museum, Los Angeles; e Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos, na OCA/Parque Ibirapuera, São Paulo, com curadoria de Paulo Herkenhoff, e co-curadoria de Thais Rivitti e Leno Veras.

Apresenta a exposição Dobradura Curva, com texto de Elisa Byington, na Galeria Raquel Arnaud, em São Paulo. Realiza a instalação permanente Dora Maar e o Sonho, na fachada da residência dos colecionadores Andrea e José Olympio, São Paulo.

2018 A partir de 2017, o raciocínio do trabalho se desloca do interesse pelas relações da obra com os espaços arquitetônicos que a abrigam, e passa a se concentrar no espaço interno de cada escultura, construído pelas relações de suas partes, em movimentos onde o côncavo e o convexo se articulam e expressam. Surgindo em papel e cartolina, assumem a corporeidade do aço e retornam à fragilidade luminosa do papel ao se tingirem de branco fosco e áspero ao olhar. Em abril, o IAC realiza a exposição Decupagem, com curadoria de João Bandeira, que aborda o amplo conteúdo documental da obra da artista, desde os filmes e sequências fotográficas dos anos 1970, até as últimas esculturas. Participa das mostras Radical Women: Latin American Art, 1960–1985, no Brooklyn Museum, Nova York, e na Pinacoteca do Estado de São Paulo; Brazil. Knife in the Flesh, com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti e Diego Sileo, no Padiglione d’Arte Contemporanea (PAC), em Milão; e MAM 70: Museu de Arte Moderna de São Paulo e Museu de Arte Contemporânea USP, no MAM-SP. Light Work é apresentado na Mostra Histórica do 13ª Mostra de Cinema de Ouro Preto. Realiza a exposição Papel de Aço, na Galeria Silvia Cintra, no Rio de Janeiro, quando expõe as atuais esculturas em branco.

2019 Realiza instalação no evento “Selvagem”, no teatro Tom Jobim, Jardim Botânico, Rio, com curadoria de Ana Dantes. Participa da exposição “Jardim”, na Casa Roberto Marinho, com curadoria de Lauro Cavalcanti. A exposição Decupagem, com curadoria de João Bandeira, é exibida na  Casa Firjan, Rio de Janeiro.

 2020 Participa da coletiva “Luzes da Memória” no Instituto de Arte Contemporânea (IAC), curadoria de Marilucia Bottalo e Ricardo Rezende. A exposição Decupagem, com curadoria de João Bandeira, é exibida no Instituto Ling, Porto Alegre. 

 2021  Apresenta as exposições individuais “Os Terra”, na Galeria Silvia Cintra + Box4, no Rio de Janeiro, e “RUBRO”, na Galeria Raquel Arnaud, em São Paulo. Instala a escultura pública “Desenho na paisagem” junto ao Alalaô Kiosk, na orla do Arpoador, para a Art Rio. Participa das exposição coletiva “Vício impune: o artista colecionador”, com curadoria de Gabriel Pérez-Barreiro, uma seleção de nove artistas representados pelas galerias Millan e a Galeria Raquel Arnaud, ao redor do diálogo entre seus trabalhos e coleções.  E, ainda, da “Constelação Clarice”,  no IMS Paulista, com curadoria de Eucanaã Ferraz e Veronica Stigger, celebrando a obra e o legado da escritora Clarice Lispector.

 2022  Apresenta a exposição individual “Iole de Freitas: o voo de Pégaso”, com curadoria de Ligia Canongia, no Centro Cultural Unimed-BH Minas em Belo Horizonte.


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